OLÁ, SOU A
MARIA ANTÓNIA
Sou Integral: sou corpo, sou o meu pensamento, sou coração, sou a minha emoção, sou energia, sou consciência.
Hoje dedico-me a ensinar aquilo que aprendo e aprendi no caminho de auto-conhecimento, ajudando as pessoas no seu caminho de evolução e transcendência, considerando as dimensões Integradas do Ser Humano. Ou seja, saberes como funciona o teu corpo, pensamento, coração, emoção, energia e consciência.
Acredito que todas as dores podem ser transformadas em dons. Acredito que temos muitas camadas que escondem a verdadeira essência que somos: Amor.
Tenho o sonho de um dia voltar às escolas, IPSS, Autarquias…para levar todas estas ferramentas.
O MEU PERCURSO
Desde que me conheço gosto de relações humanas em movimento circular, onde a partilha de saberes e o crescimento acontece.
No Colégio
Depois de andar 14 anos no mesmo Colégio, no 12º ano lembro-me de pensar como poderemos manter estes laços de amizade e não nos separarmos, cada uma indo para seu lado? Tinha um sonho, o de criar uma Instituição, lancei a ideia a 9 amigas e assim surgiu o GECAM (Grupo das Espetaculares Amigas do Colégio Moderno). Não foi uma Instituição, mas é um maravilhoso grupo de amigas onde desde bem pequenas crescemos juntas partilhando os temas da vida ...E a família GECAM foi crescendo com os “apêndices”, maridos, filhos…e hoje já somos uma família gigante…de 9 passámos a 29! A amizade perdura diariamente nas nossas vidas há mais 30 anos, e ainda tivemos a sorte de mesmo antes da pandemia, celebrarmos a entrada nos 40 em Marrocos!
Trabalho com Idosos
Primeiro Trabalho como Assistente Social
Outro movimento circular foi num Centro de Dia, em Chelas, organizando um grupo de voluntários que partilhavam com os idosos os seus saberes. Daí nasceu um grupo de alfabetização, onde as pessoas que não sabiam ler aprenderam a ler.
Além de viver experiências circulares também vivi experiências contrastantes. Ao mesmo tempo que trabalhava em Chelas com idosos em Centro de Dia e Apoio Domiciliário; trabalhava também na primeira residência sénior do Grupo Espírito Santo Saúde, em Carnaxide. De manhã numa realidade e à tarde noutra. Sem dúvida que a experiência era contrastante não só ao nível económico, mas a vários níveis. Na verdade, todos com as mesmas necessidades, de amor, de atenção, de conversar, de presença … Estes dois empregos deram-me uma oportunidade gigante de em simultâneo viver esta dualidade de realidades e de tando aprender com elas.
Trabalho na área da Deficiência e Saúde Mental
Segundo Trabalho como Assistente Social
Depois passei pela Associação Nacional de Afásicos, onde pessoas, depois de sofrerem um AVC, a sua fala ficava comprometida estando conscientes de tudo mas não conseguiam pôr para palavras o que estavam a pensar. Aqui conheci a força da vida, a força da reabilitação inerente ao Ser Humano e também a força do Amor que existe numa família.
Tive a possibilidade de viver ao lado de um grupo de pessoas afásicas que todos os dias trabalhavam arduamente para conseguirem falar. Nesta experiência, aprendi as formas criativas que podemos usar para comunicar e como a força do querer move montanhas para conseguir falar, andar e fazer mexer uma mão.
Em movimento circular, participei em vários encontros de instituições na área da deficiência e foi uma realidade que era para mim inteiramente desconhecida mas que me mostrou as vicissitudes de quem vive com problemas físicos e mentais.
Nesta área da saúde mental, passei também pela Casa de Saúde da Idanha onde fazia voluntariado na unidade de doenças profundas. Nesta casa eu passava 15 dias seguidos em campos de férias, onde dormia e acompanhava mais de perto a vivência das freiras. Muitas vezes me questionava se o mundo dos loucos era lá dentro ou cá fora…. Ali sentia a pureza e a autenticidade das emoções, aquelas pessoas que tinham doença mental, não tinham filtros e manifestavam o que verdadeiramente sentiam… a zanga, a raiva, a alegria, o amor, o carinho. Ali era um mundo à parte que ainda hoje me inspira na resiliência e no acreditar na autenticidade do ser humano.
Trabalho na área da Educação
Na área da Infância comecei a trabalhar bem jovenzinha, pelos 15-16 anos, como baby-sitter e monitora de colónias de férias. Na Fundação O Século, juntavam-se mais de 300 crianças e cerca de 20-30 monitores para proporcionar as melhores férias de sempre àqueles meninos. Elas vinham de várias partes do país, maioria de estratos económicos desfavorecidos, alguns deles nunca tinham ido à praia. Então o nosso lema era proporcionar-lhes as melhores férias de sempre!
Também tive a oportunidade de viver mais um cenário contrastante, onde no mesmo ano fui monitora de uma colónia de férias com os filhos dos trabalhadores da Portugal Telecom. O estrato económico era bem diferente do Século e denotava-se diferenças na forma como agiam e as suas necessidades.Tinham em comum a inocência pura, a alegria, o olhar brilhante em cada uma, o gosto pelo brincar.
Ainda na área da infância passei como estagiária no Centro Doutor João dos Santos Casa da Praia, com quem tive o privilégio de aprender muitíssimo com profissionais e práticas pedagógico-terapêuticas de excelência.
Enquadrado no movimento circular, aqui entendi e experienciei trabalho interdisciplinar. As reuniões que tínhamos para discussões de casos, onde estavam presentes vários profissionais: psicólogos, educadores, psicomotricistas, pedopsiquiatras, assistentes sociais… ensinaram-me como as diversas perspetivas e cada saber pode ser tão enriquecedor e ajudar tanto Uma Só Pessoa. Estávamos ali todos reunidos para o mesmo fim: ajudar aquela criança ou família, da melhor forma que sabíamos.
Este é o meu sonho: o de criar movimentos circulares de saberes, de ações para
um fim comum – o BEM.
No Abrigo Infantil de Santa Maria de Belém foi onde passei mais tempo a trabalhar no Serviço Social. Não me passava pela ideia trabalhar na área da Infância, pois tinha acabado de me especializar em Gerontologia, mas Deus assim quis e estou imensamente grata. Durante 8 anos aprendi tanto com centenas de mães, pais, crianças, com os profissionais e tive o privilégio de pertencer a uma equipa de Direção que tanto aprendi e cresci com Todos.
Sempre tive o desejo de ser mãe mas aqui, me relacionando diariamente com crianças e pais, o meu desejo ficou exponenciado. Foi uma enorme descoberta conhecer-me neste papel. Vi o meu coração a amar como nunca antes! Eu dizia: é uma bebedeira de amor! E foi sem dúvida um convite a conhecer novas partes de mim. Tive a sorte de poder partilhar as minhas dúvidas e inseguranças com tantas mães e profissionais que já haviam passado pelas mesmas dúvidas…
Profissionalmente, o bichinho da circularidade permanecia, e assim junto da freguesia de Belém, criámos a Rede Social com a presença das Instituições e nasceram projetos conjuntos maravilhosos, como a Feira da Saúde e da Deficiência, anual, que já acontece há mais de 10 anos.
Foi um verdadeiro privilégio encerrar a minha carreira de Serviço Social nesta Instituição, que para mim, era como “um filho” que amava, cuidava, zelava pelo bem-estar de todos, todos.
Foram 17 anos a experienciar o serviço social, nas várias áreas sociais, não vos referi aqui todas mas todas estas experiências fazem parte do Ser que me construi.
Em 2012 um teratoma fez-me renascer. Resolvi fazer uma imersão dentro de mim em busca da origem emocional desta doença. Viajei até à India onde aprendi a meditar e mergulhei nas camadas e camadas de emoções que tinha bloqueadas em mim. Aí encontrei a dor da separação dos meus pais, a dor da minha criança que se sentiu rejeitada, abandonada, encontrei mil camadas de sentimentos contidos: a insegurança, a desproteção, a carência, a solidão, a tristeza, a insuficiência, a comparação… Percebi o quão isso estava gravado nas células e memórias do meu corpo. Estudei Ayurveda e Panchacarma e comecei a trazer alguns entendimentos através da massagem, do toque terapêutico viajei pelas diferentes partes do corpo percebendo o que cada parte nos queria falar. Foi fascinante descobrir através do toque esta linguagem silenciosa do corpo mas que nos diz tanto tanto.
Nesta descoberta do corpo fiz o curso de yoga para bebés e crianças e durante alguns anos experienciei este mundo de dar aulas de yoga.
Entretanto a minha segunda filha nasceu, um novo renascimento em mim. Um novo coração expandido. Nesta fase, eu era outra pessoa, com uma nova consciência de mim. Então o estado de Presença, a conexão com a Natureza e o integrar todas as dimensões do Ser (emocional, física, mental e espiritual) era o que fazia sentido fazer parte da Educação deste novo Ser. Estudei sobre diferentes abordagens pedagógicas: Waldorf, MEM, High Scoppe, Montessori…Mas foi depois de escutar a Ivana Jauregui sobre a Educação Viva e Consciente, que o meu coração pulou e senti: é isto. Ter em conta o Ser integral que cada criança é, possibilitando que elas se conectem com o seu próprio sentir e educando Seres Criadores Responsáveis, criando espaço para a manifestação do seu potencial criativo. E para isso, também a família se envolve neste crescimento e transformação do seu interior.
E foi assim que o sonho se tornou realidade, e co-fundei uma Associação sem fins lucrativos: Uma Comunidade de Partilha e de Aprendizagem: Sementes com Asas.
Fui com as minhas 2 filhas um mês para o Brasil para lhes mostrar diferentes realidades e buscar inspirações para este novo projeto.
Posso dizer que foram dos 2 anos da minha vida onde na experiência prática mais aprendi. Afirmo que tudo o que aprendi, nunca poderia aprender em qualquer livro. Foi da experiência real, da prática da presença e da observação do Eu Interior e do Exterior que cada pai e mãe se transformou neste projeto. Às crianças não eram oferecidas atividades, mas sim a possibilidade delas Serem, Sentirem, Cheirarem, Tocarem, Verem. Tão simples o que as nossas crianças precisam e seria tão mais fácil se os adultos não complicassem. Ivana dizia-nos que educar é transmitir de uma forma simples, alegre e real, todos os ensinamentos sobre como lidar com a matéria através de uma base espiritual. E eu acrescento, através de uma base do Respeito por todos os seres e pela nossa Casa Planeta Terra.
As crianças são curiosas por natureza, e é nesta expressão do quererem saber, que as aprendizagens aconteciam. Dentro dos limites claros, as crianças descobriam os seus potenciais e a expressão do ser, sem separação mas em União com o que sentem.
Foi um projeto maravilhoso, hoje tenho a imensa alegria de ver que já tantas comunidades de partilha e de aprendizagem surgiram e que o movimento de Mudança na Escola também está a acontecer.
No âmbito do contributo da mudança da escola juntei-me à Rede de Educação Viva Almada, Seixal e com duas mulheres fascinantes – Helena Rodrigues e Anabela Libânio demos formação no eixo Cuidar de Quem Cuida, em conjunto com o Professor José Pacheco, aos Professores e Educadores das Escolas Públicas.
E dos últimos projetos, agora no âmbito empresarial, na Clínica Bonfante, facilitei o Projeto Smile Commitment, de modo a incrementar os processos comunicacionais dentro da equipa, com base no desenvolvimento pessoal de cada colaborador, co-criando processos de mudança originais e criativas na equipa. Foi também um projeto que me levou para uma área totalmente nova mas que foi um facilitar todas as ferramentas que eu já outrora tinha experienciado noutros contextos.
No primeiro confinamento COVID 19 senti importante nos unirmos no auto-cuidado através da prática de Meditação e Oração diária. Também circularmente em cada dia, cada pessoa “vai ao centro” e oferece o melhor de si, facilitando os momentos nutridores, de meditação e oração. Se desejares, adere ao grupo.
Por cada lugar por onde passei, por cada pessoa com quem trabalhei, quero deixar o meu grande Bem-Hajas pelo que me partilhei, cresci e aprendi!
O MEU SONHO...
O meu sonho é a Unificação, a União, a Unidade. Ou seja, tudo o que seja o oposto de separação.
É sabido que a vida nesta dimensão é dual. Existe o dia e a noite, o sol e a lua, o feminino e o masculino, a tristeza e a alegria… Durante muito tempo havia em mim a rejeição de uma das partes, principalmente a que me gerava desconforto. Como vos contei, experienciei o contraste dos mundos: o rico e o pobre, o material e o espiritual, as emoções densas e as emoções leves, o caos e a paz…. depois deste longo caminho de aprendizagem, de viver entre mundos, …sinto um enorme chamamento para a INTEGRAÇÃO DO SER e por isso este projeto tem o Ser Integral. Acredito na UNIFICAÇÃO DE MUNDOS. Unir a mente ao coração, o material ao espiritual, unir o rico ao pobre, unir as práticas do Oriente com o Ocidente e assim contribuir para a construção de uma Humanidade com a Consciência expandida com base na Inteligência do Coração e no Ser Integral, ser inteiro, sermos plenos em todas as dimensões do nosso Ser: física, mental, emocional e espiritual. Unindo a imensidão do que temos dentro de nós, à imensidão do que temos fora de nós, que é este lindíssimo Planeta.
E nesta Unificação e Integralidade acredito que cada vez mais o sistema perde a força se for piramidal mas ganha uma enorme força na criação de um sistema circular, onde cada um tem a sua vez no lugar no Centro para manifestar o Divino que tem em si.
E no fim sonho que cada um de nós é Consciência e Amor Puro e que um dia as Relações se vão pautar nos valores nobres da alma.
Até lá, transformo-me e ajudo a transformar, tornando o meu Sonho em Realidade.